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Porque é que o Porto e o norte de Portugal são destinos populares?

Fundado em 1143, Portugal é um dos países mais antigos da Europa e oferece um vasto leque de oportunidades aos visitantes: monumentos e tradições, fado e folclore, gastronomia e vinhos, trilhos e natureza, artesanato, azulejos e arte são apenas algumas das excelentes e autênticas atrações que fazem de Portugal um destino cada vez mais popular. São inúmeras as razões para descobrir Portugal, e quem lá visita ou vive pode atestar o seu encanto, de norte a sul, incluindo as ilhas – um destino verdadeiramente imperdível.

Porque é que o Porto e o norte de Portugal estão entre os destinos mais populares? A melhor forma de descobrir tesouros escondidos é junto dos habitantes locais. (https://www.toursportoone.com/book-online)

Diria que a pergunta se aplica a todo o país. Diria que é uma conjugação de fatores. Boas universidades, um país seguro e uma baixa taxa de criminalidade associada a uma menor ameaça de terrorismo são os ingredientes perfeitos para desfrutar de umas férias seguras em Portugal. Pessoas simpáticas, muitos jovens que falam inglês, fluência em línguas, história, monumentos, gastronomia acompanhada de bons vinhos, praias, paisagens deslumbrantes e excelente conectividade. A Internet de alta velocidade está disponível mesmo em algumas das zonas mais isoladas e remotas, existindo miradouros com vista para o rio Douro e boas estradas. Portanto, Portugal é um país antigo, com nove séculos de história, mas ainda jovem. É muito atrativo, com todas as ofertas que os viajantes e investidores procuram.

O setor tecnológico de Portugal está em franca expansão, com programas de empreendedorismo que abrangem todos os setores. As startups tecnológicas são uma mistura eclética de empresas de crescimento acelerado, pequenas empresas criativas e tudo o que existe entre elas. A aposta do país trouxe a Web Summit, a maior conferência de tecnologia da Europa, a Lisboa, atraindo as maiores empresas do mundo à procura de jovens talentos e projetos promissores. As empresas consolidadas já empregam milhares de jovens. A Critical Software, que recentemente formou uma joint-venture com a BMW, a Critical TechWorks e a Endiprev no setor da energia eólica, é uma porta aberta para os jovens licenciados de todo o mundo. Empresas unicórnio nascidas em Portugal, como a Farfetch, Talkdesk, OutSystems, Feedzai, Remote e SWORD Health, deixaram a sua marca em Wall Street.

E há também o património cultural.

Portugal possui uma fantástica coleção de edifícios em diversos estilos arquitetónicos, localizados nas mais belas cidades e vilas do país, refletindo a criatividade dos seus artistas. As maravilhosas obras arquitectónicas em Portugal remontam à pré-história, estando algumas ainda abertas ao público. A diversidade e a escala destas estruturas existentes são impressionantes. Portugal oferece uma verdadeira viagem pela história, onde cada espaço guarda um segredo de uma região, de um povo. Comparativamente a outros países europeus, Portugal tem um custo de vida relativamente atrativo. Por isso, é muito melhor aproveitar a gastronomia portuguesa, as excelentes infraestruturas hoteleiras, boas opções de alojamento de curta duração, alugueres de férias (https://www.toursportoone.com/book-a-room) e a oportunidade de descobrir as muitas cidades espalhadas por todo o país. Por todo o país, seja no litoral, no interior, no sul ou no norte, a gastronomia portuguesa é incrivelmente diversificada e rica em história, tal como o próprio país. Foi influenciada por tudo, desde os fenícios aos celtas, dos romanos aos mouros. Sem esquecer a era da navegação, que teve um impacto significativo, introduzindo uma variedade de especiarias. Simplicidade, frescura e tradição são essenciais para o sabor dos pratos típicos portugueses. Viajar por Portugal é também uma oportunidade para descobrir os doces feitos exclusivamente nas cidades portuguesas. Cada lugar tem a sua própria tradição, e é praticamente impossível não querer provar todos! Pastel de Belém, ovo moles de Aveiro, doces tradicionais de Amarante, almofadas e cheesecakes de Sintra, delícias de Frei João em Alcobaça e pastéis de Santa Clara em Coimbra. Delicioso, não é?

Na verdade, Portugal é um país pequeno, mas com uma grande variedade de menus. Região a região, pode facilmente encontrar diferentes sabores e pratos. No interior norte, há carne assada com batatas, cordeiro assado, porco, bacalhau e rojões (um tipo de prato de arroz). Louro, cravinho, noz-moscada, sal e pimenta temperam a carne que, depois de cozida e desfiada, se junta ao arroz. Um toque final de cominhos confere um sabor único. Harmoniza na perfeição com Vinho Verde, que pode ser o vinho da casa ou de marcas como o Palácio da Brejoeira Alvarinho, Muralhas ou Aveleda. No litoral, é fácil encontrar peixe e marisco fresco. A zona de Matosinhos oferece muitas opções, como o Restaurante Mauritânia, com belas vistas para o Oceano Atlântico, ou o Knaipa, nas proximidades, mas numa rua estreita, ou a Rua Heróis de França, repleta de restaurantes.


Vale do Douro


Bem, esta região é verdadeiramente deslumbrante. O Vale do Douro em si é um tesouro. Podemos testemunhar o árduo trabalho das gerações mais antigas nos fabulosos terraços, cujas paredes contam uma história interessante: a determinação na recolha das pedras de xisto. Podemos aprender como os solos mantêm a saúde das uvas e como estas resistem às altas e baixas temperaturas para produzir o famoso Vinho do Porto. Nas vinhas, podemos geralmente ouvir dos gestores sobre a história das suas famílias, as castas que misturam para nos proporcionar bons vinhos de mesa e o conceituado Vinho do Porto. Por vezes, o clima não colabora e as uvas sofrem com as altas temperaturas, como aconteceu em julho e agosto de 2022. Até junho, as uvas estavam bem desenvolvidas, mas depois os bagos nas videiras pararam de crescer. Aplicam água nos troncos das videiras para as arrefecer do calor. A colheita começou mais cedo do que o habitual.

Temos excelentes miradouros e viajaremos por estradas com paisagens deslumbrantes, com várias paragens para fotos. Sabia que Fernão de Magalhães nasceu nesta região em 1480?

O itinerário completo da excursão tem a duração de um dia inteiro. Hoje, farei uma paragem na Quinta Seara d'Ordens, uma adega familiar — gerida por irmãos e sobrinhos — com vinhos fantásticos. O almoço será num lugar mágico, que poderá ser o Restaurante São Leonardo da Galafura ou o Dona Dulce, ambos com sabores deliciosos e um ambiente acolhedor e familiar. As vistas são deslumbrantes e a comida é preparada num forno tradicional a lenha. Em alternativa, podemos experimentar a Casa Barros, uma casa senhorial do século XIX com um excelente serviço e uma agradável zona exterior, onde o Augusto está sempre atencioso e disponível. Depois, seguiremos para o Pinhão para um passeio de barco pelas fabulosas montanhas, uma viagem que começa no Pinhão. Aí, encontrará também a Quinta da Roêda, propriedade da Croft; a Quinta das Carvalhas, a histórica propriedade da Real Companhia Velha, que inaugurou recentemente um restaurante em Vila Nova de Gaia; a Enoteca 17,56; e a Quinta do Bomfim. Estas propriedades existem desde a criação da região demarcada do Douro, em 1756. Há também a Taylor, proprietária das marcas Krohn e Croft, cuja família Fladgate está em Portugal há mais de trezentos anos (1692), com investimentos significativos na cidade de Vila Nova de Gaia, como o The Yeatman, construído nas antigas caves, e, mais recentemente, um projeto empolgante, o World of Wine Porto (WOW Porto), um complexo que alberga sete museus, doze restaurantes e bares, uma escola de vinhos, lojas temáticas, um espaço de exposições e um espaço para eventos.

A Quinta do Seixo by Sandeman é outra visita obrigatória para desfrutar do seu terraço exterior com vinhas e do rio mesmo em frente. É talvez uma das adegas com melhores vistas.

A Quinta da Pacheca é um hotel rural, casa senhorial e vinha, com um percurso espetacular que preserva a tradição da pisa das uvas. Tudo foi pensado para o conforto e para excelentes oportunidades fotográficas; pode também ter uma experiência luxuosa dormindo em barris e até realizar a sua receção de casamento no local. Este ano, eu e os meus clientes vamos pisar as uvas. Eles que inventaram o nome para esta pequena celebração: Lagarada.


Cidade do Porto


O Porto foi eleito o melhor destino da Europa em 2019, pela terceira vez.

No Porto, a cidade invicta, os visitantes podem passear pelo calçadão da Ribeira, no centro histórico medieval, fazer um cruzeiro no majestoso rio, sobrevoar a cidade de helicóptero ou descobrir a arquitetura, as paisagens deslumbrantes e as magníficas pontes. Mas o Porto é também uma cidade costeira, facilmente acessível por elétrico, que leva os visitantes até às praias da Foz para mergulhar os pés no Atlântico. No Palácio da Bolsa, pode viajar pela história com os aventureiros portugueses, refazendo as rotas comerciais do passado e descobrindo os tesouros trazidos pelos navegadores. A cidade possui edifícios notáveis, como a Catedral, com os seus excelentes terraços, a Igreja de São Francisco, com as suas impressionantes esculturas douradas de estilo barroco, e miradouros com vista para os mercados movimentados, mercearias, bares, restaurantes e espaços verdes que se encontram nos belos parques da cidade.

No Porto, pode também mergulhar na cultura e no estilo Art Déco visitando a Fundação e Museu Serralves, entre outros, onde poderá apreciar a coleção de arte contemporânea nacional e internacional e conhecer a sua programação cultural de espetáculos, eventos e workshops. O Porto também lhe abrirá o apetite, convidando-o a descobrir os melhores locais onde a gastronomia portuguesa se destaca, desde restaurantes com estrelas Michelin ao bar de esquina que todos comentam pela sua especialidade – carne, peixe ou marisco – à beira-rio, à beira-mar ou numa das ruas da cidade. Existem inúmeros locais modernos com ambientes únicos em bares e lojas de designers emergentes. Mas, numa visita ao Porto, é impossível ignorar o icónico vinho do Porto produzido na região, nas suas versões mais gloriosas e intensas: rubi, envelhecido, branco ou rosé, bem como os fantásticos vinhos de mesa. O Porto sabe como conquistar o coração do visitante, fazê-lo sentir-se acolhido e deixar uma impressão duradoura, pelo que, no final, é difícil partir.

Há muitas formas de descobrir o Porto. A melhor é a pé, e aprenderá sobre a história a cada esquina. Vou tentar.

Podemos começar o nosso primeiro passeio na Praça da Liberdade, com a estátua da Menina Nua e a Câmara Municipal atrás de nós. Durante trezentos anos, esta zona albergou laranjais, pomares e plantações de melões. Era conhecida na época como Pomares do Bispo. A partir de 1721, estes terrenos foram urbanizados. Este local tornou-se o fórum da cidade. A Liberdade e a República foram aqui proclamadas. Marchas de protesto, feiras, procissões, desfiles militares, danças folclóricas — tudo isto acontecia aqui.

O melhor é voltar à praça. Aí veremos a estátua de Pedro IV. Na mão direita, segura a Carta Constitucional que ofereceu a Portugal. Esta praça foi originalmente chamada Praça da Constituição durante três anos (1820-1823). A estátua data de 1866. De cada lado da sua base, podemos ver duas placas. Uma retrata o desembarque das tropas liberais numa praia de Matosinhos, e a outra a oferta do coração do Rei Pedro IV à cidade do Porto. Esta oferta figura também com destaque no brasão da cidade, que se encontra ao centro. O Rei Pedro IV doou o seu coração à cidade do Porto como símbolo de gratidão pelos serviços heróicos prestados pela cidade à causa liberal e à defesa da sua filha, a futura Rainha Maria II.

À nossa esquerda encontra-se o antigo Café Imperial, onde podemos ver a figura da águia imperial. No interior, encontramos uma arquitetura interessante; hoje, o espaço é ocupado por um McDonald's. À direita, ergue-se o imponente edifício do Banco de Portugal. Perto dali, no lado norte, encontra-se uma estátua que representa o Porto. Esta estátua foi originalmente concebida para estar em frente a um antigo palácio que outrora se erguia onde agora se encontra a figura da jovem nua.

É interessante saber que onde hoje se encontra o edifício do Banco de Portugal, existiu outrora uma fonte, a Fonte da Arca. Os comerciantes construíram uma pequena capela sobre esta fonte e colocaram ali uma imagem de Nossa Senhora da Natividade. Não demorou muito até que a fonte ficasse conhecida como Fonte da Natividade. Manteve-se em uso até 1836.

Natividade era também o nome original da Rua dos Clérigos, que foi oficialmente batizada em 1860 e é a rua para onde nos dirigimos agora. Vamos passar pela Confeitaria Arcadia, que abriu em 2014 no antigo edifício da Ateneia, uma famosa casa de chá dos anos 30 que ainda conserva a sua decoração original. Vale a pena entrar para tomar um café e comer um pastel. Depois, viramos à direita e encontramos a Rua dos Clérigos, uma das ruas mais movimentadas da cidade. Esta rua costumava estar repleta de lojas especializadas. Os edifícios preservaram as suas características originais e alguns são muito representativos da arquitetura do século XIX. Em alguns deles, podemos admirar as varandas de ferro forjado, verdadeiras obras de filigrana. A arte, o bom gosto e o requinte artístico reflectem uma forma de arte ancestral que no Porto possui tradições profundas e louváveis, cujas origens remontam aos primórdios da nossa nação.

Continuaremos a subida até à majestosa Igreja e Torre dos Clérigos. O complexo foi construído entre 1732 e 1763. O arquiteto desta obra monumental foi o italiano Nicolau Nasoni, que soube aproveitar ao máximo um terreno estreito e íngreme. É interessante saber que aqui, neste local denominado Campo das Malvas, eram sepultados os condenados à forca na região circundante. No Porto, existe uma expressão popular: "mandar alguém para o campo das malvas". Antigamente, significava desejar-lhe a morte mais ignóbil. Hoje, tem um significado mais ameno.


Continua...

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